A História: O escritor Stéphane Belcourt regressa à sua terra natal, Cognac, pela primeira vez em 35 anos. O motivo da sua visita é para promover uma destilaria. Aí conhece Lucas, filho de um colega da sua adolescência por quem teve uma grande paixão e viveu o seu primeiro amor, trazendo-lhe muitas recordações desses anos passados.
O Elenco: Guillaume de Tonquédec dá-nos um Stéphane amorfo que parece despertar para a vida ao conhecer Lucas; no papel deste, o simpático e atraente Victor Belmondo prova que neto de “peixe sabe nadar” (o seu avô é o famoso Jean-Paul Belmondo). Como os adolescentes apaixonados, Jérémy Gillet e Julien De Saint Jean (que é um dos delinquentes do O PARAÍSO) assumem a sua relação primeiro de forma muita física e depois carinhosa, sem vergonha, nem tabus, mas com talento. Uma última palavra para a presença forte de Guilaine Londez como Gaëlle, a responsável pela visita de Stéphane.
O Pior do Filme: Pensando bem, não tenho nada a apontar... não me importava de ter visto mais umas cenas íntimas dos rapazes, mas na verdade também não fazem falta.
O Melhor do Filme: O emocional discurso final de Stéphane, em que este deixa de dizer mentiras.
Veredicto Final: Oliver Peyon dá-nos um comovente filme sobre o primeiro amor, sobre a vergonha de se ser homossexual num meio pequeno e como, por muito que tentemos e nos “forcem”, não conseguimos fugir a quem somos. Peyon filma sem medo de nos mostrar o amor dos dois jovens e a felicidade deles, principalmente do jovem Stéphane, é evidente. A relação que se cria entre o escritor e Lucas é muito bem construída, num crescendo dramático que termina com o discurso final. Um dos melhores filmes de temática gay que tenho visto nos últimos anos. A não perder!
Classificação: 8 (de 1 a 10)
Sem comentários:
Enviar um comentário