A História: É Verão e o jovem Alexis enfrenta a prisão por causa da morte de David. Os dois conheceram-se umas semanas antes e Alexis está completamente apaixonado por David, que também o parece amar, mas...
O Filme: Por coincidência ou não, estreia um filme de temática gay nas nossas salas, enquanto decorre o LISBOA QUEER no cinema São Jorge. Teria feito todo o sentido este filme ter passado em ante-estreia nesse festival de cinema. Por outro lado, assim tem mais hipóteses de ser visto por mais pessoas e, acreditem, merece ser visto.
Adoro que um filme cheio de vida, luz e das cores de Verão, se revele um drama sombrio, que nos apanha desprevenidos e nos prende à cadeira, não por ter suspense, mas sim porque Ozon constrói o filme de forma cativante, captando a nossa atenção e nunca nos largando. Apesar da sombra de morte que paira sobre o filme, muitas vezes esquecemo-nos disso e deixamo-nos levar pela aparentemente simples história de amor dos seus protagonistas. Sem dúvida que o Verão é bom para amar!
Para mim, este é o melhor filme de François Ozon; até agora o meu preferido era o LE TEMPS QUI RESTE onde, curiosamente, Melvil Poupaud e Valeria Bruni Tedeschi faziam parte do elenco. Os dois estão de volta, ele como um professor e ela como a mãe de David e ambos estão óptimos. Mas o filme pertence por direito ao jovem querubim Félix Lefebvre como Alexis, que se revela um excelente actor, daqueles que a câmara adora e que facilmente conquista a simpatia do público. No papel de David, Benjamin Voisin transborda sexualidade e tem m ar pouco confiável. Entre os dois há uma química natural, que faz o seu amor parecer real. Philippine Veige como Kate, encaixa muito bem entre eles.
Apesar da ameaça do COVID, espero que este filme encontre o seu público, pois merece ter sucesso. Por isso, malta, vamos lá a levantar esses cús das cadeiras e ir até ao cinema.
Classificação: 8 (de 1 a 10)
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