A História: Parvis, é um jovem gay alemão, mas de origem iraniana. Um dia, ao trabalhar num refúgio para emigrantes, conhece Irani e seu irmão Arnon, por quem se apaixona e com quem inicia um romance. Entretanto, a ameaça de deportação paira sobre a cabeça de Irani.
O Filme: Como é do conhecimento da maioria de nós, no Irão a homossexualidade ainda é condenável, com consequências graves para quem a pratica, pelo que, infelizmente, presumo que este filme nunca estreará nesse país.
Faraz Shariat, que tal como o seu personagem Parvis, nasceu na Alemanha e é filho de um casal de exilados iranianos, escolheu para a sua estreia como realizador um drama sobre a emigração. Pontuado com humor, é um retrato por vezes triste de uma realidade cruel, em que jovens cheios de esperança quanto ao seu futuro, vêem a sua vida ameaçada com a deportação. Para complicar as coisas, mesmo fora do Irão, não é fácil lidar com a homossexualidade e o preconceito, não deixando de ser curioso como os pais de Parvis reagem à sua sexualidade.
Para tornar a coisa menos pesada, Shariat não foge do mundo dos bares e dos engates via aplicações, com algum sexo à mistura. Mas nunce se afasta do coração do seu filme, a história de amor e, principalmente, a emigração.
Nos papéis principais, Benny Radjaipour (Parvis), Banafshe Hourmazdi (Banafshe, irmã de Amon) e Eidin Jalali (Amon), são naturais e a amizade entre os três é real. É a forma como a relação deles evolui que nos prende à história, criando uma empatia entre eles e nós que beneficia o lado emocional do filme.
Classificação: 6 (de 1 a 10)
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