Pietro e Enea conhecem-se nos corredores do cinema Nuovo Olimpo e apaixonam-se um pelo outro; mas um futuro encontro é interrompido por uma manifestação e um acidente que impede Pietro de comparecer ao encontro. Os anos vão passando e, apesar do amor que os une, a sua vida é feito de desencontros, até que um dia...
Felizmente, o cinema LGBT vai ganhando força e os produtores perdendo a vergonha de, neste caso, mostrar o amor entre dois homens. Filmado com sensibilidade por Ferzan Özpetek (responsável também por LA DEA FORTUNA, MINE VAGANTI e LE FATE IGNORANTI), tem em Andrea Di Luigi (Pietro) e Damiano Gavino (Enea) o par perfeito, com muita química e romantismo, filmados sobre uma nostálgica luz. Os personagens secundários que os rodeiam formam uma interessante galeria onde se destaca Luisa Ranieri como Titti, a mulher que vende bilhetes no cinema, Greta Scarano como a esposa de Pietro e Aurora Giovinazzo como a amiga de Enea.
É impossível não torcemos para que os jovens se voltem a encontrar e a viver a sua grande paixão. Mas a vida real não é fácil e nesse aspecto o filme não procura respostas fáceis. No que o realizador peca é pelo facto de todos os moços terem corpinhos perfeitos, perpetuando assim o mito criado pelo cinema porno-gay. Outro ponto negativo é o trabalho de maquilhagem que vai envelhecendo os personagens, que podia ser bem melhor.
Estes dois pontos à parte, o filme é todo ele muito cinematográfico e Özpetek sabe muito bem filmar o seu elenco e Roma parece uma cidade mágica. As cenas do interior do Nuevo Olimpo são excelentes e levam-nos a um tempo em que não havia redes sociais e os engates aconteciam, entre outros locais, nas salas, corredores e casas-de-banho dos cinemas. Eram tempos mais divertidos e excitantes, captados com nostalgia por Özpetek. Recomendo!
Classificação: 7 (de 1 a 10)
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