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sábado, 4 de outubro de 2025

PLAINCLOTHES de Carmen Emmi

Lucas é um jovem polícia destacado para, à paisana, atrair gays no wc de um centro comercial e depois prender quem caia na armadilha. Um dia cruza-se com Andrew, por quem sente uma grande atracção e não é capaz de o denunciar; este deixa-lhe o seu contacto e em breve os dois voltam a encontrar-se, iniciando algo que vai mudar a vida de ambos para sempre.

Ao escolher um formato de imagem quadrado, o realizador Carmen Emmi imprime ao filme uma atmosfera claustrofóbica que serve na perfeição o estado emocional do seu jovem protagonista, preso numa vida que não o satisfaz tanto a nível pessoal como profissional. Depois, o uso de imagens sobrepostas, quase de arquivo, que ao princípio pode parecer um pouco pretensioso, tem ligação directa com o estado psicológico do polícia. 

O argumento, também de Emmi, está bem construído, sem cair em clichés ou lamechices, sempre pontuado com algum humor e carregado de tensão; com personagens bem construídas e com uma ou duas surpresas na manga.

O ponto forte do filme é, sem sombra de dúvida, a química sexual entre Tom Blyth (Lucas) e Russell Tovey (Andrew), que aquece qualquer um. Ambos os actores estão óptimos nos seus papéis e não podiam ser mais credíveis na sua paixão. No papel da mãe de Lucas, Maria Dizzia vai muito bem e a sua última expressão diz tudo e, quase só por si, justifica a visão do filme. Mas não vão querer perder a paixão quente entre Blyth e Tovey.

Tudo indica que o filme em breve estará disponível na plataforma de streaming Filmin.

Classificação: 7 (de 1 a 10)





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