Na Segunda Guerra Mundial, os nazis usavam uma máquina de
mensagens encriptadas de nome Enigma que deixava os Aliados às aranhas. A fim
de tentarem desvendar o código da mesma, os serviços secretos reúnem um grupo
de matemáticos e criptógrafos liderado por Alan Turing, um génio anti-social e
homossexual.
Uma coisa que por vezes me chateia nas histórias
verídicas é que já sabemos como tudo vai acabar, não havendo muito lugar ao
suspense. Neste caso particular sabemos logo à partida que Alan Turing e seus
colegas conseguiram desvendar os mistérios da Enigma, bem como que mais tarde
Turing foi condenado pela sua homossexualidade, então ilegal face à lei. O facto de que mesmo assim fiquei preso ao
ecrã, desejoso que eles conseguissem vencer a Enigma, é prova do talento do
realizador Morten Tyldum. Ele consegue tornar a história emocionante, doseia o
drama com a dose certa de humor e dirige o elenco com mão de mestre. Ao
contrário do que esperava, o filme é tanto sobre o descodificar da Enigma como
sobre a homossexualidade de Turing e como à época a mesma lhe destruiu a vida.
No papel de Alan Turing, Benedict Cumberbatch é
simplesmente fabuloso, provando uma vez mais todo o seu talento e
versatilidade. O seu Turing, apesar de anti-social e arrogante, é humano e emotivo.
Sem dúvida uma interpretação digna de um Óscar. O expressivo Alex Lawther
também revela grande talento como o jovem Turing. Como a única personagem
feminina do grupo, Keira Knightley está à altura do desafio e está no seu
melhor.
Eu sei que ainda estamos em Janeiro, mas este filme é já
um sério candidato à minha lista dos melhores do ano. Recomendado para quem
gosta de boas histórias e de excelentes interpretações. Classificação: 8 (de 1 a 10)
Gostei muito da história e das personagens deste filme. O cinema, mesmo pouco inspirado como é o caso neste filme, tem a grande vantagem de nos apresentar verdades históricas verdadeiramente surpreendentes (veja-se o recente Big Eyes de Tim Burton). Os atores são ótimos.
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