Anton e Vlad são um casal gay russo que um dia, ao
passearem de carro, testemunham o que julgam pode ser um espancamento
homofóbico. Anton quer sair do carro e intervir, mas Vlad prefere evitar o
confronto. Dias depois, Anton, ao saber que o presumível vítima do espancamento
morreu, decide começar a investigar por contra própria. Ao princípio, Vlad
apoia-o, mas quando Anton começar a ficar obcecado pelo assunto, a sua relação
é posta à prova.
Pegando num assunto polémico que recentemente colocou a
Rússia nas notícias, o realizador francês Jonathan Taieb decidiu mostrar o
resultado das politicas do primeiro ministro soviético Puttin. O assunto é
forte e está na ordem do dia; infelizmente Taieb arrasta a acção por algumas
sequências intermináveis e outras que nada adiantam à história, tornando o
filme aborrecido e perdendo assim a oportunidade de marcar os espectadores com
a dura e violenta realidade dos gays russos.
Nos papéis principais, Renat Shuteev e Andrey Kurganov
não convencem como um casal apaixonado; na verdade o personagem de Anton parece
não estar muito satisfeito com a sua relação e se era isso que se pretendia,
então Shuteev está muito bem no papel.
A seu favor o filme tem a vantagem do realizador não
fugir do lado negro e violento da história (o final é visceral), mas falta-lhe
emoção e suspense. A verdade é que, mesmo compreendo o lado de Anton, não
consegui sentir qualquer empatia com ele. Para mim, isso associado ao ritmo
lento, tornou a visão do filme uma experiência chata. Um filme não vive apenas
de boas intenções. Classificação: 4 (de
1 a 10)
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