Nimr é um
estudante palestiniano que tem um passaporte para se poder deslocar duas vezes
por semana a Tel Aviv. Roy é um advogado israelita com uma boa carreira em Tel
Aviv. Os dois conhecem-se num bar e apaixonam-se, mas a sua relação é
assombrada pelo eterno conflito israelo-palestiniano, agravado pelo facto do
irmão de Nimr ser terrorista e pela policia israelita tentar chantagear Nimr.
Mais que uma
história de amor entre dois homens, este filme mostra um lado mais pessoal do
conflito israelo-palestiniano, sem tomar qualquer partido por nenhum dos lados.
Mostra também a forma como a homossexualidade é encarada na Palestina, onde
ser-se gay é uma vergonha para toda a família, mas ser-se terrorista é
perfeitamente aceitável. Culturas diferentes que provavelmente nunca irei
entender.
Quanto à
relação entre Nimr e Roy é filmada de forma muito casta, quase platónica. Os
dois bem parecidos actores, Nicholas Jacob e Michael Aloni, parecem mais amigos
do que dois homens apaixonados e capazes de tudo pelo seu amor. Esta falta de
química entre os dois prejudica um pouco o filme.
Sem querer revelar muito, o facto do final ficar em
aberto a várias interpretações funciona um bocado como anti-clímax.
Independentemente disso, é um retrato interessante de uma realidade diferente
da nossa, que nos leva a pensar o sortudos que somos em viver numa sociedade
mais aberta e tolerante. A maior parte das vezes damos importância a merdas que
não interessam nada e devíamos dar mais valor aquilo que temos, em vez de nos
estarmos sempre a lamentar. Classificação: 6 (de 1 a 10)
Sem comentários:
Enviar um comentário