No último dia da sua vida, o realizador italiano Pier
Paolo Pasolini, é entrevistado em relação ao seu último filme (SALO OU OS 120
DIAS DE SODOMA), convive com a sua família, sonha com o seu próximo filme e
engata um jovem prostituto.
Não quero ser mauzinho, mas a verdade é que não gostei
nada deste filme. Abel Ferrara dá-nos uma manta de retalhos desinteressante,
onde algumas cenas parecem não fazer sentido (pelo menos para mim) e onde a sua
vontade de chocar é simplesmente gratuita (a cena do sexo oral quase no início
ou a festa da procriação do filme sonhado por Pasolini). Não há aqui nenhum
sentido de dramatismo e a acção arrasta-se penosamente; felizmente o filme dura menos de 90 minutos. Mais
uma coisa, por que razão é que o distribuidor português do filme achou por bem
não legendar a maioria dos diálogos em italiano?
Não percebi porque razão é que, como Pasolini, Willem
Dafoe umas vezes fala em inglês e outras em italiano; sabemos que Dafoe é um
excelente actor, mas aqui não lhe foi dado muito para fazer e ele parece não
ter investido muito na sua interpretação. Quanto à nossa Maria de Medeiros, a
sua presença quase que não se sente.
Acredito que a personalidade e vida de Pasolini daria
para muito mais e melhor. Provavelmente isto é um exercício de estilo para além
da minha compreensão, mas é a primeira decepção do ano! Classificação: 1 (de 1 a 10)
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