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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

NEUBAU de Johannes Maria Schmit


A História:
 Markus é um jovem solitário que vive numa pequena localidade, onde tem uma vida rotineira e cuida das suas avós, uma delas com alzheimer. O seu sonho é ir viver para Berlim. Entretanto, através do Grindr, conhece Duc.

O Filme: O filme inicia-se com uma cena de sexo onde, estranhamente, os dois moços parecem não querer tirar as cuecas. A cena é interrompida com um telefonema que rapidamente nos coloca no problema fulcral da vida de Markus, a doença da sua avó e a necessidade que ele tem de estar próximo dela. Pouco depois temos a cena mais sensível e comovente do filme, com a amiga da avó a procurar conforto no abraço de Markus.


A história balança entre a vida socialmente vazia de Markus, povoada por vezes por amigos imaginários, e o amor que tem pelas suas avós. O facto de ele ser transsexual, pode de certa forma justificar a sua solidão e timidez, mas não é muito relevante para a história, pois não é disso que o filme trata.


A história é interessante, mas para a sua estreia como realizador, Johannes Maria Schmidt optou por uma abordagem de ritmo lento, com algumas cenas a prolongarem-se demasiado (a dança solitária em casa) e isso criou uma barreira entre mim e o filme. Uma montagem mais eficaz, poderia fazer deste filme uma obra mais forte, mas isto é apenas a minha opinião (vários amigos meus gostaram muito e não se queixaram do ritmo).


No papel principal, o também argumentista, Tucké Royale (que aqui se estreia em ambas as categorias) tem um ar triste e entediante que encaixa na perfeição com o seu personagem (não sei se o seu argumento tem algo de autobiográfico). Como as suas avós, Monika Zimmering e Jalda Reblng são comoventes.


Sei que é a primeira obra dos seus autores, mas senti que podia ser muito melhor.

 

Classificação: 4 (de 1 a 10)



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