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quarta-feira, 23 de setembro de 2020

EL PRINCIPE de Sebastián Muñoz


A História:
 Após cometer um crime, Jaime vai para a prisão, onde acaba por ficar sob a proteção de um homem mais velho e ganha a alcunha de o Princípe. Em flashbacks vamos sabendo o que o levou ao crime; na prisão, ele vai assumindo a sua homossexualidade, entre desejos, ciúmes, invejas e violência. 

 

O Filme: Para a sua estreia como realizador de filmes de ficção, Sebastián Muñoz decidiu adaptar uma novela “barata” de Mario Cruz, num estilo homoerótico que nos leva ao cinema crú dos anos 70, fazendo por vezes lembrar o universo do realizador Rainer Werner Fassbinder. Curiosamente, no pequeno discurso a que tivemos direito no Queer Lisboa, antes de começar o filme, falou-se da obra de Jean Genet, de quem Fassbinder adaptou o famoso QUERELLE.


Juan Carlos Maldonado dá vida a Jaime, um bem parecido jovem que sabe que é giro e que tem dificuldades em relacionar-se com os outros. Não é um personagem por quem possamos sentir empatia, mas mesmo assim sentimos alguma preocupação com o seu futuro e a cena da sua “violação” é dura. No papel do seu “protector”, o veterano Alfredo Castro dá-nos um personagem resignado com o seu destino e que sabe como tirar proveito da sua posição.


Corpos nús e cenas de sexo explicito vão colorindo o ecrã, sem tabus e sem problemas de mostrar ereções, tudo misturado com violência e uma “sujidade” pegajosa que parece pegar-se a nós. No meio de tudo isto ainda será possível existir uma história de amor? Não diria que estamos perante um retrato muito realista da vida nas prisões, mas sim uma versão homoerótica violenta e por vezes sexy. É um filme forte e duro! 

 

Classificação: 6 (de 1 a 10)






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