A tripulação
a bordo de um voo com destino à cidade do México detecta um problema com um dos
trens de aterragem e esperam no ar que um aeroporto tenha possibilidades de os
receber. A fim de evitar o pânico entre os passageiros, drogam toda a classe
económica e apenas os da classe executiva se apercebem do que se passa.
Este é o
filme mais bicha que tenho visto nos últimos anos e Pedro Almodóvar e o seu
elenco devem ter-se divertido imenso a fazê-lo. Os diálogos são do mais gay
possível e capazes de chocar mentes menos abertas; o sexo, não explícito, é o
assunto preferido da tripulação e até temos direito a um louco número musical.
Pode não ser dos melhores filmes de Almodóvar, mas é o seu aguardado regresso à
comédia, repleto de personagens e situações que só a sua mente parece capaz de
criar.
Quanto ao
elenco, com muitas caras habituais no cinema de Almodóvar, todo ele encarna na
perfeição o espírito louco do filme e, apesar de não houver propriamente
personagens principais, tenho que destacar o delicioso trio de “hospedeiras”
interpretadas com a bichice certa por Javier Câmara, Raul Arevalo e Carlos
Areces. Como a vidente virgem e como uma tia-dominatrix (só o Almodóvar se
lembraria de personagens destas) Lola
Dueñas e Cecília Roth, respectivamente, vão muito bem. Hugo Silva é divertido
como o co-piloto com dúvidas sobre a sua sexualidade. Uma última palavra para a
lindíssima Blanca Suárez como a ex-namorada de um dos passageiros.
As gargalhadas são garantidas e a boa disposição é
contagiante. Por isso mandem os preconceitos fora e preparem-se para a festa
mais gay do ano. Viva a bichice! Classificação:
7 (de 1 a 10)
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