Num clube gay, Russell conhece Glen e convida-o para ir a
sua casa para uma simples noite de sexo, mas ambos sentem que aquilo pode ser
mais. Assim, durante todo o fim-de-semana vão-se conhecendo melhor e acabam por
se apaixonar, mesmo sabendo que a sua relação tem um futuro incerto.
Tive o prazer de ver este filme no Festival Queer Lisboa
2012 e no outro dia vi-o à venda na FNAC e achei por bem voltar a falar do
mesmo. Em termos de realização é muito simples, com uma abordagem intimista que
nos envolve e nos faz desejar que Russell e Glen fiquem juntos para sempre,
como costuma acontecer nos contos de fadas. Mas o realizador Andrew Haig tem os
pés bem assentes na realidade e, apesar de se perceber que está apaixonado
pelos seus personagens, não se deixa levar pelos “rodriguinhos” usuais do
cinema romântico.
Nos papéis principais temos dois excelentes actores Tom
Cullen (presentemente faz parte do elenco de DOWNTON ABBEY como Anthony
Gillingham) e Chris New. A química que estes partilham é tão intensa que sai
para fora do ecrã, arrebatando-nos com ele. Nem por um momento duvidamos da sua
paixão, nem do drama emocional que ambos estão a viver. Eles fazem-nos
acreditar que o amor ainda é possível e que pode ser encontrado onde menos se
espera e quando menos se espera.
Isto pode parecer piroso mas, tal como escrevi quando o
vi, é um filme honesto que nos faz acreditar que neste mundo ainda há lugar
para o amor. Não há muitos filmes capazes disso e talvez por isso tenha ganho
tantos prémios em diversos festivais internacionais de cinema. Classificação: 8 (de 1 a 10)
Sem comentários:
Enviar um comentário