Ron Woodroof é um cowboy promíscuo, com gosto por álcool
e drogas. Um dia, por acidente, descobre que sofre de SIDA e ao ser-lhe
recusado o acesso aos medicamentos que necessita, decide ir à procura deles no
estrangeiro. Começa então a introduzir ilegalmente esses medicamentos nos
Estado Unidos e cria o Clube de Dallas onde, mediante o pagamento de uma quota,
os membros têm acesso à medicação.
Baseado numa história verídica, este filme é um retrato
realista de uma época em que ninguém sabia muito bem como lidar com os
pacientes de SIDA. O realizador Jean-Marc Vellée preferiu uma abordagem mais
factual do que emocional, evitando lamechices e falsos moralismos. Esta
abordagem leva a um certo afastamento entre o público e as personagens; pelo
menos foi isso que eu senti.
No papel principal, Matthew McConaughey está no seu
melhor. Tal como todos os seus personagens anteriores, este Ron Woodroof é
auto-confiante e arrogante, mas é também muito humano nos seus vícios e
receios. Se é verdade que fisicamente McConaughey se entregou de corpo inteiro
a este personagem, a verdade é que também entregou a sua alma. Dificilmente o
Óscar de Melhor Actor não irá parar às suas mãos. Também Jared Leto, como uma
deliciosa drag-queen decadente e engraçada, tem uma forte chance de ganhar o
Óscar de Melhor Actor Secundário.
Não tem a força emocional de PHILADELPHIA, nem é esse
tipo de filme, mas é mais real e crú. Classificação:
6 (de 1 a 10)
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