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sábado, 27 de dezembro de 2014

O CLUBE DE DALLAS (Dallas Buyers Club) de Jean-Marc Vallée

Ron Woodroof é um cowboy promíscuo, com gosto por álcool e drogas. Um dia, por acidente, descobre que sofre de SIDA e ao ser-lhe recusado o acesso aos medicamentos que necessita, decide ir à procura deles no estrangeiro. Começa então a introduzir ilegalmente esses medicamentos nos Estado Unidos e cria o Clube de Dallas onde, mediante o pagamento de uma quota, os membros têm acesso à medicação.

Baseado numa história verídica, este filme é um retrato realista de uma época em que ninguém sabia muito bem como lidar com os pacientes de SIDA. O realizador Jean-Marc Vellée preferiu uma abordagem mais factual do que emocional, evitando lamechices e falsos moralismos. Esta abordagem leva a um certo afastamento entre o público e as personagens; pelo menos foi isso que eu senti.

No papel principal, Matthew McConaughey está no seu melhor. Tal como todos os seus personagens anteriores, este Ron Woodroof é auto-confiante e arrogante, mas é também muito humano nos seus vícios e receios. Se é verdade que fisicamente McConaughey se entregou de corpo inteiro a este personagem, a verdade é que também entregou a sua alma. Dificilmente o Óscar de Melhor Actor não irá parar às suas mãos. Também Jared Leto, como uma deliciosa drag-queen decadente e engraçada, tem uma forte chance de ganhar o Óscar de Melhor Actor Secundário.

Não tem a força emocional de PHILADELPHIA, nem é esse tipo de filme, mas é mais real e crú. Classificação: 6 (de 1 a 10)



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