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A História: Armando (Alfredo Costa), um cinquentão bem na vida, engata jovens masculinos a quem paga para lhe mostrarem os seus corpos. Elder (Luis Silva), um desses jovens, vai a sua casa por dinheiro e acaba por lhe bater e fugir. Por motivos desconhecidos, Armando vai à sua procura e uma estranha ligação cria-se entre os dois.
O Elenco: Alfredo Costa é plausível no papel de Armando, um homem quase patético, que observa à distância em vez de tomar parte das coisas. Por exemplo, ele prefere masturbar-se a olhar para os corpos desnudados dos rapazes em vez de lhes pagar para lhes poder tocar ou mesmo fazer sexo com eles. Como Elder, Luis Silva parece mesmo um rapaz “do lado errado” das ruas de Venezuela; ele é violento, mas é também alguém que não sabe o que é o amor e que nunca foi tratado com carinho.
O Filme: Para a sua estreia na realização, Lorenzo Vigas dá-nos um surpreendente filme sobre manipulação. O ritmo é lento; os diálogos são escassos; os personagens não são simpáticos; mas sentimos que algo de estranho se passa e que nem tudo é exactamente aquilo que parece. Vigas constrói a relação entre Armando e Elder sem qualquer tipo de química, mais como um jogo de poder, onde o sexo é a moeda corrente. É também um filme sobre a destruição da inocência de um jovem e ingénuo criminoso. Não vos posso dizer muito mais, mas o final apanhou-me de surpresa e este é um daqueles filmes que nos faz pensar. Só no final é que eu percebi porque é que este drama gay ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza em 2015 (sim, este filme chega até nós com alguns anos de atraso).
Classificação: 6 (de 1 a 10)
The Plot: Armando (Alfredo Costa), a wealthy 60 years old man,
cruises young men and pays them to show him their naked bodies. Elder (Luis
Silva), one of those young men, goes to his house for the money and than hits
him and runs away. For some unknown reason, Armando goes looking for him and a
strange relationship develops between the two.
A História: Armando (Alfredo Costa), um cinquentão bem na vida, engata jovens masculinos a quem paga para lhe mostrarem os seus corpos. Elder (Luis Silva), um desses jovens, vai a sua casa por dinheiro e acaba por lhe bater e fugir. Por motivos desconhecidos, Armando vai à sua procura e uma estranha ligação cria-se entre os dois.
O Elenco: Alfredo Costa é plausível no papel de Armando, um homem quase patético, que observa à distância em vez de tomar parte das coisas. Por exemplo, ele prefere masturbar-se a olhar para os corpos desnudados dos rapazes em vez de lhes pagar para lhes poder tocar ou mesmo fazer sexo com eles. Como Elder, Luis Silva parece mesmo um rapaz “do lado errado” das ruas de Venezuela; ele é violento, mas é também alguém que não sabe o que é o amor e que nunca foi tratado com carinho.
O Filme: Para a sua estreia na realização, Lorenzo Vigas dá-nos um surpreendente filme sobre manipulação. O ritmo é lento; os diálogos são escassos; os personagens não são simpáticos; mas sentimos que algo de estranho se passa e que nem tudo é exactamente aquilo que parece. Vigas constrói a relação entre Armando e Elder sem qualquer tipo de química, mais como um jogo de poder, onde o sexo é a moeda corrente. É também um filme sobre a destruição da inocência de um jovem e ingénuo criminoso. Não vos posso dizer muito mais, mas o final apanhou-me de surpresa e este é um daqueles filmes que nos faz pensar. Só no final é que eu percebi porque é que este drama gay ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza em 2015 (sim, este filme chega até nós com alguns anos de atraso).
Classificação: 6 (de 1 a 10)
The cast: Alfredo Costa convincingly
plays the role of Armando as an almost pathetic lonely man, who watches from
afar instead of taking part of it. For example, he prefers to masturbate
looking at the naked bodies of young men instead of paying to touch or have sex
with them. As Elder, Luis Silva looks like a real boy from the wrong side of
the streets of Venezuela; he is violent, but he is also someone who doesn’t
know what love is and who have never been treated with care.
The Movie: For his directorial debut,
Lorenzo Vigas delivers a startling movie about manipulation. The pace is slow;
there aren’t many dialogues; the characters aren’t nice; but there’s a feeling
that something strange is going on and that things aren’t exactly what they
appear to be. Vigas builds the relationship between Alfred and Elder without
any kind of chemistry, more like a game of power where sex is the main
currency. It’s also a movie about the destruction of the innocence of a naïve
young criminal. I can’t tell you much more, but the end took me by surprise and
it’s one of those movies that will make you think. By the end, I understood why
this gay drama won last year’s Golden Lion at the Venice Film Festival.
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