A História: Théo e Hugo conhecem-se num clube de sexo
parisiense e, no calor do momento, Théo fode Hugo sem preservativo. O problema
é que Hugo é sero-positivo e isso obriga Théo a ir ao hospital fazer um
tratamento PEP (profilaxia pós-exposição). Juntos, passam a noite pelas ruas de
Paris e apaixonam-se.
Os Actores: Geoffrey Couët e François Nambot formam o par
sexual/romântico deste drama e estão ambos à vontade com a sua sexualidade. Ambos
têm um ar real, longe do padrão modelo bonito/perfeito que todos os gays
parecem querer ter, e isso torna-os mais próximos do público (falo por mim). A
relação entre os dois não é falsa e sente-se a forte atracção que sentem um
pelo outro.
O Filme: A sequência inicial do filme, com os seus
tons fortes, é sexualmente explícita, capaz de causar algumas consequências
embaraçosas em alguns membros do público. Pessoalmente, apesar de ter gostado,
achei que essa cena se prolonga por demasiado tempo, sem necessidade disso. O
que se segue, na linha do WEEKEND, é a história de um engate que se transforma
em algo mais, aqui acrescido do problema da VIH. Há muito que não via o VIH a
ser alvo de tanta atenção num filme e os realizadores Olivier Ducastel &
Jacques Martineau encaram-no de forma normal, sem julgamentos morais. Pelo meio,
o filme arrasta-se com duas cenas que em nada adiantam à história (a mulher no
metro, o empregado do Kebab). O melhor fica para o fim, que como devem calcular
não vou revelar; essa sequência dá uma outra dimensão ao filme e, para os dias
de hoje, tem uma grande relevância. Como já referi, o filme fez-me lembrar o
WEEKEND; esse era mais romântico, este é mais sexual, mas ambos mostram lados
reais da vida gay.
Classificação: 7 (de 1 a 10)
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