A História: Graças ao produtor
Stephen, o jovem Sean transforma-se com grande êxito em Brent Corrigan, uma nova
estrela do cinema porno gay. As coisas entre os dois não correm bem e Brent
tenta quebrar o contrato assinado com Stephen. Ao mesmo tempo Joe, outro
produtor, quer transformar o seu namorado Harlow numa estrela; para isso
precisa que este faça um filme com Brent, custe o que custar.
O Filme: Retrato negro dos
bastidores do cinema porno-gay, baseado numa história verídica e com banda
sonora igual às produções que retrata. Havia aqui material para um bom filme,
mas falta-lhe dramatismo e, principalmente, uma melhor direcção de actores.
Apesar de haver um fio condutor, a realização de Justin
Kelly (o mesmo de I AM MICHAEL) parece ser feita de cenas soltas, sem uma continuidade que as una de
forma a transformaram-se num verdadeiro drama. A nenhum dos personagens é dada
grande densidade psicológica, sendo pouco mais que esboços a necessitarem de
serem preenchidos com emoção e vida.
As interpretações do elenco estão, com excepção de Christian
Slater como Stephen, ao nível das dos filmes porno-gay. No papel de Brent,
Garrett Clayton é um menino bonito, irritante, arrogante e vazio. É de louvar o
apoio que James Franco tem dado ao cinema gay, mas o seu Joe é forçado, por
vezes gratuito. Como o seu amante, Keegan Allen parece estar pouco à vontade,
mas isso também pode ter tudo a haver com o personagem transtornado que
interpreta. Voltando a Christian Slater, este consegue dar alguma dignidade ao
seu papel e o seu desejo por meninos mais novos é palpável. Molly Ringwald e Alicia
Silverstone são as secundárias presenças femininas.
Os corpos desnudados dos actores ornamentam a acção, com
alguns momentos mais quentes para nos manter entretidos, mas tudo ao nível do
mais “limpinho” softcore. Senti que este filme foi uma oportunidade perdida de
nos dar uma visão negra e dramática do que se passa por detrás das câmaras do
cinema porno.
Classificação: 4 (de 1 a 10)
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